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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Edificar

Amei, tentei fugir
Senti, vivi e calei
Deixei o que mais pedi
Adeus! se foi quem mais amei.


Custei a encontrar
Fingi não enxergar
Sofri para esquecer
Para enfim me reerguer


Cada vez que avisto o luar
Me ponho a lembrar
De tudo que me encantou
De tudo isso, nada restou


Precisei seguir em frente
E para trás não mais olhar
No fundo deste peito descontente
Ainda resta amor pra dar.

domingo, 7 de novembro de 2010

Pesadelo!

Distribuí "boa noite" à todos e deitei. Lua cheia e brilhante fazia reluzir as pequenas flores que brotavam no início da primavera. O sono chegou depressa, então me deixei levar, com pensamentos bons, tentando atrair bons sonhos. Não ocorreu bem como o esperado. Perseguição! Medo e insegurança, correndo angustiosamente para salvar minha vida - se é que ainda lhe tinha -, pavor, terror, estranho prazer de sensações diferentes, batimentos cardíacos acelerados, o coração parecia ser esmagado pelas costelas, suor frio, o rolar de lágrimas constantes e visíveis. Entrei num beco, que por azar não havia saída, gritos saiam abafados, garganta parecia fechar, então apareceu. Uma sombra apareceu. Espera um pouco. Um véu se deslocou um pouco do seu rosto com uma pequena brisa. Mais medo e terror, dessa vez mais um sentimento surgia. Confusão! Apesar da escassez de luz, dava para notar, impossível seria se não notasse. Era eu! Eu? A figura à minha frente era minha, o meu lado mal, a metade da laranja podre, tudo que eu mais evitava o meu lado negro e sombrio. Mais horror. Aticei um caco de vidro que estava perto, eu não pensei duas vezes em matá-la. Mas como? E se o pior acontecer? E de repente um impulso me puxou para baixo, como um vácuo, um buraco negro. Era isso, um pesadelo. Abri os olhos preguiçosamente, medo e batimentos acelerados ainda me acompanhavam, senti uma lágrima descer do meu rosto vagarosamente até chegar ao travesseiro, então olhei em volta, tudo parecia normal, o sol passava pelas frestas da janela, o que me fez sentir paz, e então pensei: Por mais que eu esteja no escuro, com pavor, o sol vai voltar a brilhar!