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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Essa menina...

O teu cheiro e o teu olhar quente;
O enrolar ao longo dos escuro fios;
O andar arrastado e voz mansa;
A flor no cabelo e o brilho nos lábios;
A rara vaidade e pouca ambição;
A doação completa do que faz;
O vestido longo, a rasteira sandália;
A roupa simples e mente rica;
A insegurança insolente, amor ardente;
Seja no raiar do sol, ou pôr da lua, essa menina me faz amado, feliz, completo.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Teus Olhos

Teus olhos são lindos, porém parcos, curiosos demais. Procuram e acham o que não deveriam, ofendem e matam aos poucos.
São velozes, vorazes, quase granada, por vezes se tornam fúteis, outras, desmaiam ao chão.
Quando querem são encantadores, gentis. Por vezes parecem a nascente de um rio, noutras, eles riem.
Teus olhos me acabam, me mentem, me xingam.
Ah, mas como são lindos teus olhos!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Ambiguidade

Eu sou ambiguidade severa, sou humana, sou pantera, sou efêmera e eterna;
Sou quente e frio, sou calor e arrepio;
Sou silêncio curto e eterno grito, sou quase o contrário de tudo que afirmo;
Sou cruel e sensível, sou choro e sou riso, doce mar e salso rio;
Sou terra e céu, azedo como beijo e doce como fel;
Sou sanha e amor, espinho e uma rosa flor;
Sou a anciã que corre, a jovem que dorme;
Sou você, eu, sou tudo, sou humana inversa a todo mundo.